A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, a Junta de Andaluzia, e as Câmaras Municipais de Vila Real de Santo António e Ayamonte apresentaram, no dia 21 de janeiro, no cais de Ayamonte, a obra de dragagem da foz do Rio Guadiana, cujos trabalhos arrancaram no início de 2015.
Esta, que é a primeira fase do desassoreamento do Guadiana, permitirá que a barra do rio recupere uma profundidade mínima de 3,5 metros e está avaliada em 723 mil euros.
A intervenção, que se prolongará até março, tem por base o memorando de entendimento assinado em Lisboa, em 2014, entre o Governo Português e a Junta de Andaluzia, e está a ser conduzida pela Consejería de Fomento y Vivienda da Andaluzia.
A dragagem incidirá numa zona de 1250 metros de comprimento por 60 metros de largura, devendo ser retirados cerca de 55 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do Rio Guadiana, que serão utilizados para realimentar as praias mais próximas da foz.
O presidente da CCDR Algarve, David Santos, no decorrer da cerimónia destacou a importância da EURORREGIÃO neste processo, e enumerou as vantagens económicas e turísticas desta intervenção para os municípios raianos de VRSA, Castro Marim e Ayamonte, que representam a Eurocidade do Guadiana.
«As dragagens que ocorreram no foz do Guadiana foram em 1955, 1969, 1978 e 1987. Há assim 28 anos que a foz não era dragada», sublinhou David Santos.
Para o presidente da autarquia de VRSA, Luis Gomes «as dragagens irão aumentar também as potencialidades marítimo-turísticas da marina de VRSA e da Eurocidade do Guadiana», tendo destacado que, «pela primeira vez, se passou dos projetos a uma intervenção no terreno».
Os trabalhos da segunda fase do projeto estão previstos arrancarem em meados de março e terminarão em junho, Esta última fase da intervenção incluirá dragagens pontuais entre a Ponte Internacional do Guadiana e Alcoutim, balizamento e sinalética e será da responsabilidade da DGRM ( Direcção Geral de Recursos Maritimos).