O objetivo é recuperar uma profundidade de 3,5 metros para assegurar a navegabilidade do rio Guadiana.
O diretor da Agência Pública dos Portos de Andaluzia Miguel Paneque, e o diretor geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos do Ministério da Agricultura e do Mar, Miguel Sequeira, assinaram no dia 28 de Março, um memorando de entendimento que habilita a “Consejería de Fomento y Vivienda” a realizar a dragagem de conservação da Barra do Guadiana, que irá incidir nos pontos do rio onde actualmente existem maiores dificuldades de navegação.
Junto ao memorando, as autoridades portuguesas e espanholas assinaram também a alteração à candidatura, do projeto Transfronteiriço Guadiana, Um Rio Navegável aprovado no âmbito do POCTEP – Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha - Portugal, para garantir a execução da obra e o co-financiamento europeu.
Recorde-se que este acordo foi revelado em primeira mão pelo presidente da CCDR Algarve, Engº David Santos, durante um debate “Made in Algarve” realizado na semana passada em Vila Real de Santo António. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve foi o organismo que intermediou todo este processo entre as autoridades portuguesas e andaluzas, um projeto que visa estreitar as relações institucionais, culturais, desportivas e económicas entre as duas regiões transfronteiriças.
Cumpridos estes requisitos, a Agência Andaluza dos Portos vai avançar para a contratação da obra da dragagem, orçamentada em 1 milhão de euros, que tem incidência na zona de sedimentação da foz do Guadiana que dificulta a navegação das embarcações de ambos os países. Estima-se que a concretização da obra ocorra após a época balnear do corrente ano.
O objetivo é recuperar um calado mínimo de 3,5 metros de profundidade, para o qual se pretendem extrair mais de 50.000 metros cúbicos de material do fundo do mar. Parte das areias boas serão utilizadas na realimentação das praias da proximidade e as restantes depositadas no alto mar.