O grupo de 45 regiões de Espanha, Portugal, Grécia, Itália, França, Chipre, Malta, Marrocos e
Tunísia defende um maior envolvimento das instâncias europeias e dos países membros nos
projectos de cooperação entre as duas margens do mediterrâneo.

João Guerreiro, presidente da Comissão defendeu que essa cooperação é essencial para
garantir o desenvolvimento e a estabilidade política e social de algumas daquelas zonas; as
regiões da bacia do mediterrâneo pretendem ver facilitado o acesso a alguns instrumentos
financeiros criados pela União Europeia neste âmbito e que até agora tem sido
maioritariamente canalizados para os países do Norte.

“E o caso do programa MEDA” acrescenta João Guerreiro: “se for agilizado irá certamente
abrir novas perspectivas a regiões e empresas de toda a bacia do mediterrâneo: O turismo, a
construção civil, a agricultura, o intercâmbio de técnicos, a criação de empresas; a gestão de
áreas protegidas e pequenas iniciativas municipais são apenas alguns dos domínios que
consideramos prioritários”.

A Comissão Intermediterrânica esta também empenhada em inverter a actual Política
Agrícola Comum dos 15 que privilegia a produção dos países nórdicos - carne, leite e cereais
- em detrimento dos produtos mediterranicos como as hortícolas; fruta; vinho e azeite:“ os
produtos mediterranicos aso concensualmente considerados equilibrados do ponto de vista da
dieta alimentar: faz por isso todo o sentido valorizar esse tipo de agricultura”.

Pela primeira vez e por iniciativa da região portuguesa do Algarve, que preside a CI, a
Assembleia Plenária daquele orgão decorreu fora da Europa: “O elevado numero de
participantes reflecte o entusiasmo com que os diferentes parceiros estão a olhar para ambas
as margens do mediterrâneo”; referiu o presidente da região anfitriã de Tanger-Tetouan.

2002-05-27