O montante do investimento realizado pelo promotor do projecto, a Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Tavira foi de 76 mil euros a que correspondeu um apoio do Estado de 56 mil euros. Este é apenas um exemplo, entre a dezena e meia de obras que beneficiaram de pequenos apoios e que no total representam investimentos na ordem de 1,7 milhões de euros.

Também designado por Convento de São Francisco, a sua origem remontará ao ano 1272, e terá sido criada pelo rei D. Dinis. Pertenceu aos Templários até 1312, passando, depois, para as mãos dos frades franciscanos. A igreja foi destruída, por diversas vezes, por terramotos - 1722 e 1755, por um desmoronamento, em 1843, e por um incêndio, em 1881.

Os trabalhos de restauração realizados incidiram na reparação e consolidação de estuques ornamentais do interior da cúpula, incluindo a reposição e reparação dos vãos do zimbrório e os vãos laterais da cúpula.

Por outro lado o Seminário Episcopal S. José situado no Largo da Sé em Faro, começou a ser construído em 1787-89, sob as ordens de D. José Maria de Melo, sendo finalizado alguns anos mais tarde pelo arquitecto genovês Francisco Xavier Fabri.

Destinado à formação do clero, albergou posteriormente, também, as Aulas Públicas de Letras. Com a implantação do Liberalismo, a formação eclesiástica foi interrompida mas as Aulas Públicas continuaram.

Com o restabelecimento das relações diplomáticas com a Santa Sé, o ensino religioso voltou ao edifício em 1853, tendo o Liceu passado para um outro novo edifício, na Alameda, em 1906. Com a Implantação da República o Seminário foi, de novo, confiscado e nele se instalou um Regimento de Infantaria.

Em 1940 o edifício foi integralmente devolvido à Diocese do Algarve, retomando à sua função original. As obras de conservação e restauro das fachadas voltadas para a muralha da cidade do Seminário, recentemente realizadas incluíram picagem, reboco, pintura, reconstrução de cornijas, pilastras e ornatos e substituição da rede eléctrica.

A recuperação e preservação do património será o tema de um workshop que se realiza na tarde do dia 6 de Janeiro, Dia dos Reis, na CCDR Algarve. Programa e inscrições aqui.

Mas há mais, há outras situações para restaurar equipamentos com história em que os promotores beneficiaram de programas co-financiados por Fundos Europeus e mesmo outros casos que as Câmaras têm apelado ao mecenato de empresas. Um exemplo do referido são as obras de conservação e restauro da antiga Sé de Silves, classificada como Monumento Nacional desde 1922, e que deverá ficar concluída em meados de 2010.

Na biblioteca digital da CCDR está disponível a partir de 6 de Janeiro uma publicação com a listagem completa das obras apoiadas pelo Programa de Equipamentos Urbanos, no período 2006 a 2009.

2009-12-28