Com o objetivo de divulgar e promover a transformação que a agricultura algarvia está a vivenciar e que acompanha também a evolução deste setor estratégico para o desenvolvimento socioeconómico da Europa, a CCDR Algarve I.P. – Agricultura e Pescas, com o apoio da Rede Rural Nacional e em parceria com o setor agroalimentar algarvio, apresenta uma campanha de vídeos curtos que narram, na primeira pessoa, casos de sucesso de investimentos apoiados por fundos comunitários. Hoje vamos conhecer a FRUSOAL
O Algarve é a principal região produtora de citrinos em Portugal, tendo a produção de citrinos na campanha 2023-2024 superado em 10% a média dos últimos anos. 87% de toda a produção de laranja do País está localizada neste território. A Frusoal nasceu nos anos 80, pela iniciativa de um grupo de agricultores. Nessa altura, já cerca de 70% da produção nacional de citrinos se concentrava na região sul.
Ao longo destes anos, a Frusoal, que é uma das três organizações de produtores algarvias, multiplicou o número de associados e produz mais de 35.000 toneladas de citrinos, numa área total que ronda 1.500 hectares, espalhados pelo Algarve. Ao longo dos anos, tem realizado, com recurso ao apoio de fundos europeus, importantes investimentos em tecnologias de produção, nomeadamente na gestão eficiente da rega, e do processamento/embalamento de fruta para comercialização.
Fruto do empenho das empresas do setor e da sua interação com a investigação e serviços públicos da área da agricultura, o Algarve já ultrapassou fronteiras e a sua identidade como produtor de citrinos é reconhecida a nível nacional e pela União Europeia com a distinção de “Citrinos do Algarve” – Indicação Geográfica Protegida (IGP).
Para além de abastecer o mercado nacional, os citrinos produzidos no Algarve são dos frutos mais exportados por Portugal. Em 2023, e de acordo com os dados do INE, as exportações regionais destes produtos ultrapassaram os 107,5 Milhões de Euros (M€), sendo responsáveis por 37% das exportações com origem no Algarve.
Com base nos resultados da última campanha de citrinos, o setor deverá manter-se em crescimento, aportando um peso significativo à economia regional, com um volume de negócios anual de cerca de 388 milhões de euros.