O Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR) da Região do Algarve viu o seu desempenho descer em 2019, confirmando-se a tendência iniciada em 2015, cifrando-se agora em 93,08% da média nacional, ligeiramente mais abaixo do que em 2011, conforme é destacado na última edição do boletim “Números em Destaque” da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.
O ISDR, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) desde 2009, visa disponibilizar uma ferramenta que permite "acompanhar as assimetrias regionais e apoiar a análise de contexto das políticas públicas territorializadas ou com impactos territoriais diferenciados".
A partir do desenvolvimento de uma metodologia específica, revista ao longo dos anos, foram construídos diversos indicadores compósitos que resultam num índice global e em três índices ou dimensões temáticas - competitividade, coesão e qualidade ambiental.
Em termos globais, apesar de manter a sexta posição no conjunto das NUTS II, a região registou a descida homóloga mais acentuada face às demais regiões. Em 2019, o Algarve passou a ser a única região com performance inferior à média nacional em relação às diversas componentes avaliadas (competitividade, coesão e qualidade ambiental).
A atual edição do "Números em Destaque" surge na sequência da disponibilização pelo INE, no passado mês de junho, dos dados referentes a 2019. Produzido pelo Órgão de Acompanhamento das Dinâmicas Regionais (OADR) da CCDR Algarve, neste boletim optou-se por apresentar uma análise cruzada que considera a situação atual e a evolução do ISDR, também designado como índice global, e dos índices ou dimensões temáticas, na região e entre regiões.
No período em análise, a competitividade deixou de ser a componente com maior disparidade, face à média nacional, mantendo a terceira posição pelo quarto ano consecutivo. A coesão é aquela que apresenta maior aproximação á média nacional. Em termos de qualidade ambiental, o ISDR continua a apresentar valores preocupantes, apresentando a evolução mais desfavorável, quer em relação a 2011, quer relativamente a 2018, mantendo-se na última posição entre as sete NUT II.