As excepções a estas quebras generalizadas dos movimentos de passageiros e de fluxos são: o movimento no Aeroporto Internacional de Faro (tanto de aeronaves como de passageiros); e o movimento de passageiros nas carreiras rodoviárias internacionais e inter-regionais (que reforçam a tendência de ultrapassagem do modo ferroviário para estas deslocações).

Por se tratar do 3º trimestre, estas quebras generalizadas dos movimentos de passageiros e de fluxos, relativamente ao trimestre homólogo anterior, são sinais preocupantes e poderão indiciar um menor dinamismo das actividades na Região, precisamente no trimestre de maior vitalidade das suas actividades económicas.

Merecem destaque:

Transporte Aéreo:

No 3º trimestre de 2011, o Aeroporto Internacional de Faro registou um movimento de 15.482 voos e de 2.139.700 passageiros (ambos os indicadores reportando-se somente aos voos e passageiros comerciais). Estes valores representam crescimentos relativamente ao trimestre homólogo (2010) de 0,1% (número de voos) e de 2,1% (movimento de passageiros).

Estes valores absolutos para o 3.º trimestre de 2011 são os mais elevados de todos os trimestre homólogos dos últimos 5 anos (desde 2007) e, em termos percentuais, embora modestos, contribuem para consolidar a tendência de retoma do movimento no Aeroporto Internacional de Faro, que se expressa no 7º trimestre consecutivo de variações trimestrais homólogas positivas no número de voos (desde o 1º trimestre de 2010) e no 5º trimestre consecutivo de variações trimestrais homólogas positivas do movimento de passageiros (desde o 3º trimestre de 2010).

Transporte Marítimo/fluvial:

No 3º trimestre de 2011, as carreiras que operam na Ria Formosa transportaram um total de 1.485.511 passageiros, o que corresponde a um decréscimo de 6,6% relativamente ao trimestre homólogo (3º trimestre de 2010).

A carreira que garante a travessia do Guadiana (Vila Real de Sto. António - Ayamonte) transportou um total de 57.701 passageiros, o que corresponde a um decréscimo de 1,5% relativamente ao trimestre homólogo (3º trimestre de 2010).

No caso das carreiras da Ria Formosa, a variação trimestral homóloga negativa veio interromper uma série de 4 trimestres consecutivos de variações trimestrais homólogas positivas (desde o 3º trimestre de 2010). No caso da carreira do Guadiana, este 3º trimestre prolonga uma já extensa sucessão de variações trimestrais homólogas negativas (pelo menos, desde o 1º trimestre de 2008).

Transporte ferroviário:

No 3º trimestre de 2011, o sistema ferroviário regional (Lagos - Vila Real de Sto. António) transportou um total de 483.999 passageiros, o que corresponde a um decréscimo de 6,3% relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior (2010).

O Longo Curso (ligações dos serviços Alfa e Intercidades) movimentou um total de 226.509 passageiros, um valor praticamente idêntico ao do trimestre homólogo do ano anterior (apenas menos 16 passageiros), que corresponde a uma ligeiríssima variação negativa (0,004%).

No caso do sistema regional, esta é a quarta variação trimestral homóloga negativa consecutiva (desde o 4º trimestre de 2010). Quantos às ligações do Longo Curso, e não obstante a variação trimestral homóloga ser praticamente nula, este é já o sexto trimestre consecutivo de variações homólogas negativas.

Tráfego nos principais eixos rodoviários:

No 3º trimestre de 2011, o Tráfego Médio Diário (TMD) no troço terminal da A2 na Região (S. B. Messines - Paderne) situou-se nos 16.970 veículos, o que corresponde a uma diminuição de 10,1% relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior (2010). Na A22, o TMD situou-se nos 23.733 veículos, o que corresponde a uma diminuição de 6,9% relativamente ao trimestre homólogo anterior.

Tanto no troço terminal da A2 como na A22, estas são as quartas variações trimestrais homólogas negativas consecutivas (desde o 4º trimestre de 2010).

Transporte colectivo rodoviário:

No 3º trimestre de 2011, foram transportados 255.334 passageiros nas ligações urbanas regionais, o que corresponde a uma diminuição de 1,8% relativamente ao trimestre homólogo anterior (2010).

As ligações inter-urbanas transportaram um total de 1.350.852 passageiros, o que corresponde a uma diminuição de 8,2% relativamente ao trimestre homólogo anterior.

As ligações inter-regionais foram responsáveis pelo transporte de 315.947 passageiros, correspondendo a um aumento de 3,8% relativamente ao trimestre homólogo anterior.

As ligações internacionais (carreira Lagos – Sevilha) transportaram um total de 13.447 passageiros, o que traduz um aumento de 16,1% relativamente ao trimestre homólogo anterior.

No caso das ligações urbanas, trata-se da segunda variação trimestral homóloga negativa, que veio interromper uma série de (pelo menos, desde o 1º trimestre de 2008) 13 trimestres de variações trimestrais homólogas positivas. No caso das ligações inter-urbanas, esta variação negativa prolonga a sequência de (pelo menos, desde o 1º trimestre de 2008) 15 trimestres de variações trimestrais homólogas negativas. Quanto às ligações inter-regionais, trata-se da 3ª variação trimestral homóloga positiva, que vem reforçar a importância da opção pela deslocação no serviço expresso, em detrimento da opção ferroviária. Por último, registe-se também o forte incremento do transporte de passageiros nas ligações internacionais que, embora com valores absolutos pouco representativos, apresenta um crescimento relativa notável (+16,1%) e interrompe uma série de duas variações homólogas negativas consecutivas.

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2011-11-21