Tendo em vista o cumprimento do disposto no Dec. Lei 320/2003, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR) implementou um sistema de alerta para os episódios de excesso de ozono na atmosfera. A monitorização da qualidade do ar ambiente, que abrange ainda outros poluentes, permite fazer chegar aos residentes e visitantes das áreas afectadas informações acerca da data, hora e local da ocorrência, identificação do limiar ultrapassado e precauções a tomar.

Poderá ainda ser prevista a evolução do risco no que se refere à zona abrangida e à duração provável. Para que a informação seja divulgada de uma forma eficiente, a CCDR conta com a colaboração de diversas entidades locais, designadamente as autarquias, Protecção Civil e os Delegados de Saúde, para além da Agência Lusa, que desempenha um papel fundamental na divulgação imediata dos alertas para os órgãos de comunicação social. O mecanismo abrange ainda o Centro Distrital de Operações de Socorro, a Assessoria de Imprensa do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, assim como o Instituto do Ambiente.

Rede de medição

O sistema baseia-se numa rede de estações de detecção urbana de fundo nas aglomerações Faro/Olhão, Albufeira/Loulé e Portimão/Lagoa, na estação urbana de tráfego de Faro e também na estação rural de Alcoutim, a qual funciona como controle comparativo das anteriores e de alerta para riscos vindos do exterior.

Os alertas, sempre precedidos de procedimentos de confirmação, serão lançados se a concentração de ozono atingir 180 microgramas por metro cúbico em média por período de uma hora. Durante o corrente ano o pico máximo registado foi de 162g/m3. O excesso desse gás tóxico afecta de um modo especial o aparelho respiratório, podendo provocar tosse, dor de cabeça, náuseas, dores peitorais e falta de ar. Os grupos da população mais sensíveis são as crianças, idosos, asmáticos e alérgicos e as pessoas com doenças respiratórias e cardíacas. Entre os cuidados a ter durante as excedências de ozono destaca-se o de reduzir a actividade física ao ar livre e o de evitar outros factores de risco, nomeadamente fumar ou utilizar produtos irritantes como gasolina, tintas ou vernizes.
2004-07-08