A Comissão aprovou, na passada sexta-feira, o Relatório sobre os progressos obtidos no sentido da concretização do Espaço Europeu da Educação. O relatório faz o balanço das iniciativas e das tendências atuais da UE no que respeita os progressos realizados e define as tarefas a executar antes de 2025.

Monitor da Educação e da Formação, que acompanha o relatório, indica exemplos dos progressos realizados na consecução das metas a nível da UE: o abandono escolar precoce está a diminuir, ao passo que aumentam o número de diplomados do ensino superior e de educandos nas estruturas educativas e de acolhimento na primeira infância. Ao mesmo tempo, surgem sinais de alerta que apelam a esforços sistémicos a longo prazo para melhorar a equidade na educação e combater a falta de professores.

Um dos pontos que sobressai da análise à educação e formação em Portugal é que ainda há muito a fazer a nível dessa equidade e inclusão: o contexto socioeconómico dos alunos tem um impacto significativo nos seus resultados académicos, dado que a probabilidade de os alunos de meios socioeconómicos desfavorecidos repetirem um ano de escolaridade é mais de cinco vezes superior à dos oriundos de contextos mais favorecidos. Ter origem migrante ou etnia cigana também influencia o desempenho dos alunos.

Contudo, abona a favor de Portugal o facto da desigualdade educativa no nosso país ser menos pronunciada do que noutros países da UE, embora as disparidades entre as nossas regiões e os elevados níveis de repetição de ano continuem a ser desafios fundamentais.

Mais informações (EN) na ficha informativa, neste sítio Web e no comunicado de imprensa CE.

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2022-11-21