A Comissão Europeia apresentou ontem o plano REPowerEU em resposta às dificuldades e às perturbações do mercado mundial da energia causadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia. A urgência em transformar o sistema energético da Europa é dupla: trata-se, por um lado, de pôr termo à dependência dos combustíveis fósseis russos, que são utilizados como arma económica e política e custam cerca de 100 mil milhões de euros por ano aos contribuintes europeus, e, por outro, de fazer face à crise climática.
Unida, a Europa pode acabar mais depressa com a sua dependência dos combustíveis fósseis russos. Para 85 % dos europeus, a UE deve reduzir a dependência do gás e do petróleo russos o mais rapidamente possível para apoiar a Ucrânia. As medidas previstas no Plano REPowerEU propõem fazê-lo através da poupança de energia, da diversificação do aprovisionamento energético e da implantação acelerada das energias renováveis para substituir os combustíveis fósseis no setor do alojamento, na indústria e na produção de energia.
Ontem foi também lançado, no âmbito do Plano REPowerEU, um novo convite à apresentação de propostas para projetos transfronteiriços de infraestrutura energética da UE. Este convite à apresentação de propostas, tem um orçamento de cerca de 800 milhões, e destina-se a projetos contantes na 5ª lista de Projetos de Interesse Comum (PCIs), que foi publicada em novembro de 2021.
A declaração à imprensa proferida na ocasião pela presidente Ursula von der Leyen, sobre as propostas da Comissão relativas ao plano REPowerEU, os défices de investimento na defesa e a ajuda de emergência e o apoio à reconstrução prestados à Ucrânia, está disponível aqui, bem como no canal Ebs.
Informações adicionais no comunicado de imprensa completo da CE e em perguntas e respostas.