A pandemia de coronavírus atingiu fortemente a economia mundial e europeia e teve repercussões económicas e sociais muito graves. A atividade económica europeia sofreu um duro golpe no primeiro semestre do ano, tendo registado embora um grande crescimento no terceiro trimestre com o levantamento gradual das medidas de confinamento. O recrudescimento da pandemia nas últimas semanas, que resultou na introdução de novas medidas de saúde pública destinadas a limitar a propagação do vírus, criou, no entanto, novas perturbações.
O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, apresentou as previsões económicas de outono da Comissão Europeia, sujeitas a um grau de risco e incerteza extremamente elevado em virtude da situação epidemiológica. Quase metade dos Estados-membros da União Europeia (UE) não vai conseguir recuperar totalmente a economia dos efeitos da covid-19 até final de 2022, sendo que países dependentes do turismo, como Portugal, devem demorar mais, estima a Comissão Europeia. O comissário diz contudo acreditar que a economia portuguesa recuperará da crise, face aos sinais de dinamismo e vitalidade demonstrados pelo crescimento de 13,2% do PIB no terceiro trimestre. Apontou que a presidência portuguesa do Conselho da UE será responsável pela implementação dos planos de recuperação nos Estados-membros, estando "muito confiante na capacidade política e diplomática do primeiro-ministro português, António Costa, neste ponto de vista". O responsável afirmou também "partilhar das intenções de António Costa e da presidência portuguesa [da UE] de dar uma grande importância à dimensão social".
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