Os parceiros do projeto transfronteiriço «CILIFO - Centro Ibérico de Investigação e Combate aos Incêndios Florestais» voltam a encontrar-se no Algarve, nos dias 13 e 14 de outubro em Monchique, para reforçar dos laços de cooperação entre as quinze entidades da «Eurorregião Alentejo-Algarve-Andaluzia» (EuroAAA) que integram o consórcio liderado pela Junta de Andaluzia.
José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, refere que este encontro “prende-se com a necessidade de dinamizar a cooperação inter-regional transfronteiriça, contribuindo para a integração europeia do espaço regional e para o reforço da sua competitividade, com base em estratégias de desenvolvimento sustentável de níveis regional e local”, considerada prioritária pelos líderes das três regiões em março passado, sublinhando ainda que desejamos “promover e garantir uma adequada articulação intersetorial entre os serviços desconcentrados de âmbito regional, em termos de concertação estratégica e de planeamento das intervenções de natureza ambiental, económica e social, numa ótica de desenvolvimento regional”, conforme está previsto na missão da CCDRs.
Cofinanciado no âmbito do Programa Interreg V A España – Portugal (POCTEP) 2014-2020, o projeto CILIFO visa preparar a EuroAAA para a prevenção e, sobretudo, para o combate aos incêndios florestais. No Algarve tem como parceiros os municípios de Castro Marim, Loulé, Monchique e Tavira, a Comunidade Intermunicipal (AMAL), e é acompanhado, desde a sua génese, pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e pela CCDR Algarve, enquanto entidade gestora do POCTEP.
Trata-se de um projeto que envolve 15 beneficiários, responsáveis pela execução de 18 milhões de Euros de Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), que correspondem à comparticipação de um investimento total inicial de 24 milhões de euros, aprovado em 2018 e que terminará, - após prorrogação-, em junho de 2023. Para a região do Algarve, estão alocados cerca de 2,8 Milhões de Euros.
A ANEPC assegura o enquadramento dos investimentos previstos na Estratégia Nacional e Regional de Emergência e Proteção Civil e a supervisão técnica; do projeto inicial procurou-se incrementar as características dos heliportos, dotando-os de outras valências para aviação civil, o que requereu novas especificações dos projetos e pareceres da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC).
A AMAL, no quadro das suas competências e conforme inscrito em projeto, tem promovido as ações de formação e de informação e divulgação do CILIFO no Algarve.
Quanto aos municípios de Castro Marim, Loulé, Monchique e Tavira tinham a cargo, respetivamente, a execução de uma Escola e 3 Heliportos.
Quanto à Escola foi feito o projeto de arquitetura e das especialidades e, considerando o exponencial aumento do custo de materiais, esta componente do projeto será enquadrada num futuro programa dado não poder ser executada no presente prazo nem com os custos inicialmente previstos.
No que concerne aos heliportos, em face de alterações de projeto houve que fazer novos enquadramentos temporais e financeiros e encontra-se em execução, desde abril de 2022, as obras de ampliação do Heliporto de Loulé, em início da execução em Monchique e, em Tavira, a empreitada do heliporto de Cachopo foi aprovada em Assembleia Municipal de 30 de setembro de 2022, aguardando, simultaneamente, visto do Tribunal de Contas.
Para além das infraestruturas em fase de construção em Espanha e na região, o projeto CILIFO está a promover trabalho de proximidade sensibilizando as populações, desenvolver estudos através das comunidades académicas e dinamizar a formação dos operacionais dos bombeiros e da proteção civil.