A Comunidade Judaica do Algarve (CJA) passou a ser a 4ª comunidade judaica oficial em Portugal, tendo sido inscrita como Pessoa Coletiva Religiosa no passado dia 4 de janeiro no Registo Nacional de Pessoas Coletivas. O processo de reconhecimento da organização foi alvo de parecer favorável por parte da Comissão da Liberdade Religiosa, presidida pelo ex-Ministro da Justiça, José Vera Jardim, e pela primeira vez para uma comunidade judaica desde que entrou em vigor a Lei da Liberdade Religiosa que fez 20 anos recentemente.
Assinalando-se nesta data o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve saúda a Comunidade Judaica, respeitando o espírito de cooperação com as igrejas e comunidades religiosas radicadas em Portugal, tendo em consideração a sua representatividade, com vista designadamente à promoção dos direitos humanos, do desenvolvimento integral de cada pessoa e dos valores da paz, da liberdade, da solidariedade e da tolerância.
Implementado em 2005, através da Resolução 60/7 da Assembleia Geral das Nações Unidas, o propósito desta evocação é não deixar cair no esquecimento o assassinato deliberado em massa de seis milhões de judeus pelos Nazis e respetivos colaboracionistas. Este constitui um dos maiores crimes contra a Humanidade de que há memória. Por outro lado, pretende-se educar para a tolerância e a paz, bem como alertar para o combate ao antissemitismo.
Oportunamente, a Comissão Europeia, a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), a ONU e a UNESCO criaram a campanha #ProtectTheFacts, como forma de combater o negacionismo e a desinformação em relação ao Holocausto.
IMAGEM: Retratos de judeus assinados em Auschwitz-Birkenau, na Polónia (Fonte: União Europeia/Bartosz Siedlik (adaptado)