O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, afirmou que "nem toda a dívida (pública) é má", considerando, no entanto, que, "no geral, há um consenso de que neste momento a dívida é demasiado elevada".

Numa entrevista publicada esta segunda-feira no Korea Herald, o presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, disse que "nem toda a dívida é má", na medida em que "os países podem usar alguma dívida para financiar investimento produtivo, infraestruturas e educação".

O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade recordou que as dívidas públicas na Europa "aumentaram em média 40 pontos percentuais, de cerca de 60 para 100% do PIB", concluindo que, "no geral, há um consenso de que neste momento a dívida é demasiado elevada".

Em relação ao caso grego, Klaus Regling considerou que a dívida pública, de cerca de 180% do PIB, é "relativamente alta" e disse que "metade desta dívida é financiada" pela instituição que dirige a uma taxa "muito baixa", entre 0,5 e 1%, "o que é um custo suportável comparando com as taxas do mercado", esperando que "isto dê tempo (ao país) para superar os seus problemas"."O país teve o desalinhamento mais severo de entre os cinco (além de Portugal, Irlanda, Espanha e Chipre), os maiores défices orçamentais e comercial e outros problemas estruturais, e precisou de fazer o ajustamento mais difícil.

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2016-08-04